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Escola Comunitária Brilho de Cristal

 

Ananda, nossa do meio de 9 anos, é uma aluna Brilhante, há 8 meses cursa no 4 º ano do Brilho e fui convidada a participar do GARPE- Grupo articulador de pais da escola, ainda somos poucos por enquanto: Eu, Ariane, Mel, Caetano e a Ana.. e quem mais chegar, nos reunimos todas as quartas para discutir a escola com a repsonsável pela sua gestão: Lidiane, conhecida também como Bin, é um momento de falar sobre tudo, o que ocorrer, a  pauta é livre e aberta, além , é claro dos desafios e rotinas normais de qualquer escola como recursos, festas, etc.

 

Esse não é o primeiro projeto de escola associativa que faço parte, esse negócio de matricular filho em escola, ir levar , pegar e participar de reuniões, talvez uma ou duas por ano Ã© uma experiência que não conheço. A maioria das escolas que fizemos parte sempre foi um pouco isso mesmo: fazer parte, opinar, construir, debater e muitos conflitos, mas muitas alegrias também, de forma que nesse quesito já tenho uma certa estrada e as botas já estão quase sem solas. Cada escola é diferente pois apresenta na sua egrégora uma comunidade diversa de pais, educadores, alunos e sonhos, cada uma tem suas forças e fragilidades, desconfio que diretamente relacionadas ao grupo que a compoem. No Brilho é possível reconhecer imediatamente um força muito importante em processos coletivos: Foco no trabalho e muita disposição para resolver problemas, o fato da sua comunidade de educadores ser majoritariamente formada por ex-alunos e professores experientes em processos associativos tambpem ocntribui muito . Toda equipe pedagógica tem total pertencimento sobre as finanças,gastos, compras, pagamentos, salários e como tudo é compartilhado nas reuniões em uma cartolina com um registro simples de entrada, saída e sobra  acabam contruindo um cenário de confiança onde não pairam muitas dúvidas, inseguranças pois toda a informação é partilhada abertamente, sem segredos, e informação, como sabemos , é poder.

 

Quando se deseja criar um sistema aberto, democrático e inclusivo uma receita infalível é não segurar nada, não reter nenhuma informação. Joga na roda e deixa rolar, sem melindres ou necessidades de controle  e aos pouquinhos quem realmente quer ajudar vai se colocando na roda também  e devidamente desarmados o debate no Brilho é sempre de alto nível. As críticas são focadas no trabalho e muitas vezes já carregam no seu discurso uma solução bastante objetiva. As reuniões tem hora para começar e terminar e muito pouco conversa paralela depois, os assuntos são encerrados na roda, com todos juntos ,  isso é uma novidade para mim, talvez nesse caso, o pulo do gato seja a ampla experiência associativa da maior parte do nucleo gestor , ou o fato de que os professores por terem sido ex-alunos da escola fazem mais do que parte do projetos pedagógico, eles e a escola  se confundem na sua trajetória de desenvolvimento, cresceram juntos, são mais do que colaboradores: mas pares, as suas histórias se intercalam em paralelos e curvas onde um não exisitiria sem o o outro. A pedagogia crítica na qual a escola se formou, formou também as relações de cada um que a partir dela se engendrou de um jeito tão orgãnico que não se poderia pensar em uma parte sem a outra. o que seria mais Freireano que isso?

 

O belíssimo trabalho de formação feita por Riomar e Marta, fundadoras da escola há 30 anos deixou raízes no Vale, na Chapada e na vida de todos que por lá passam, exatamente como os rios que circundam a escola e tão singleamente cantado no seu hino. Paulo Freire descansa em paz e feliz no Vale.

Aqui vai o hino , talvez vocês daí possam sentir o espírito desse singelo e tão audciosos projeto:

 

O brilho do Caristal , ilumina  o capão, escola alto astral, uma nova educação

Eis as crianças, eis as cachoeiras, vamos todos brilhar,

vamos todos brilhar

 

 

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